Magnus NascimentoO encarecimento de produtos típicos do período, como os chocolates, ajuda a explicar cenário
O comércio não registrava recuo no volume vendido desde 2004, quando o faturamento real foi 4,8% menor que o do ano anterior. No ano passado, as vendas durante a Páscoa cresceram 3,0% em relação às de 2013, já descontada a inflação.
De acordo com a CNC, a atual tendência de redução no nível de ocupação e na renda da população, decorrente da queda da atividade econômica esperada para 2015, é a principal responsável pelo resultado negativo.
“Teremos um número menor de pessoas trabalhando (com carteira assinada) neste ano do que na Páscoa do ano passado”, apontou Fabio Bentes, economista da CNC.
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Dólar
Outro empecilho às vendas foi a desvalorização do real em relação ao dólar entre a Páscoa de 2014 e a deste ano: a taxa de câmbio saltou de R$ 2,25 para R$ 3,15. “Como a Páscoa tem muito produto importado, os preços vão ficar mais salgados, principalmente de itens como o bacalhau, que é o carro-chefe da data, mas também de vinhos, azeite, pescados e alguns chocolates”, lembrou Bentes.
De acordo com a última prévia da inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os bens e serviços mais demandados durante a Semana Santa acumularam alta de preços de 9,1% nos 12 meses encerrados em março, com destaque para o aumento nos chocolates (10,9%) e pescados (9,3%)
A CNC ressalta que a Páscoa é a sexta data comemorativa mais importante para o varejo, atrás do Natal, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia das Crianças e Dia dos Namorados.
FOnte: Tribuna do Norte.
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