Repórteres
As chuvas que atingiram o interior do Estado e fizeram sangrar diversos açudes provocaram transtornos para cerca de 800 famílias de Ipanguaçu, no Vale do Açu. Desde a noite da última terça-feira (24), sete comunidades da região foram inundadas e estão ilhadas. A sangria do açude Pataxó inundou várias áreas do município e impossibilitou o tráfego de pedestres e veículos, sendo necessário utilizar botes para locomoção. Até o momento, porém, não houve registros de áreas danificadas ou urgência de deslocar moradores para outras localidades.
Blog De Olho no AssuPataxó: nível da água subiu com as chuvas dos últimos dias, provocando a sangria do açude
Ontem, o prefeito da cidade, Leonardo Oliveira, esteve reunido com secretários de governo e uma comissão da Defesa Civil do Município, para analisar o caso. A expectativa é que amanhã (27) o nível da água já tenha reduzido e a situação esteja normalizada.
Desde o último sábado (21), as precipitações têm sido intensas na região, com índices entre 16 e 44 milímetros em Ipanguaçu. Na terça-feira (24), a incidência chegou ao ápice, com 77mm, o que resultou nos pontos de alagamentos na zona rural. No acumulado dos últimos cinco dias, as precipitações atingiram 183,1 milímetros, segundo dados da Emparn. Apesar disso, segundo o coordenador da Defesa Civil do Município, Genilo Rodriguês dos Santos, a água não chegou a atingir as casas das comunidades, pois, o nível das residências está acima das pontes e acessos aos locais. No entanto, para se deslocar em São Miguel, Cuó, Luzeiro, Picada, Lagoa de Pedra, Itu e Porto, foi preciso utilizar canoas.
De acordo com a Prefeitura de Ipanguaçu, a situação mais grave ocorreu em Picada. Com a impossibilidade dos estudantes chegarem a instituição, as aulas na Escola Nelson Borges Montenegro foram suspensas, até que o acesso seguro de alunos e professores seja retomado. Ainda conforme o governo municipal, o caso não aconteceu em outras comunidades, pois, na maioria delas, o corpo educacional reside na própria área.
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De acordo com o coordenador da Defesa Civil do município, Genilo Rodrigues dos Santos, esse recuo foi significativo para reduzir o nível da água nas localidades ilhadas. “Estamos atentos. O monitoramento continua e, até agora, não há necessidade das pessoas saírem de suas casas. Se o clima continuar assim, acredito que logo já estaremos com passagem de pedestres e carros. Assim como as plantações que foram atingidas pela água. Em função desse curto tempo, dá para recuperar a agricultura de milho e banana”, comentou Rodrigues.
Ainda de acordo com o coordenador, não houve contato com a Defesa Civil Estadual. “Como já passamos por várias enchentes ao longo dos anos, estamos acostumados a este tipo de ocorrência. Nosso plano de contingência está formulado e, até o momento, só tivemos de fazer monitoramentos. O nível de água não foi suficiente para provocar estragos maiores. É só aguardar o comportamento da natureza”, disse.
Boletim Pluviométrico
Maiores precipitações registradas por mesorregião
Período: das 7hs do dia 24/03 às 7h do dia 25/03
Ouro Branco 67,7 mm
Frutuoso Gomes 60,0 mm
Portalegre 58,7 mm
Tabuleiro Grande 54,0 mm
Jardim De Piranhas 50,0 mm
Sao Francisco Do Oeste 49,0mm
Pau Dos Ferros 47,0 mm
Santana Do Matos 33,0 mm
Lagoa Nova 32,0 mm
Timbauba Dos Batistas 31,5 mm
Monte Alegre 21,0 mm
Serrinha 19,8 mm
Jacana 18,0 mm
Canguaretama 15,4 mm
Montanhas 14,1 mm
Fonte: Tribuna do Norte.
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